Educação Socioemocional: conheça o conceito, seus pilares e benefícios que vão além da sala de aula

Saber se relacionar, conciliar habilidades e competências cognitivas com as emocionais, parece algo óbvio, mas precisa ser desenvolvido. O ser humano tem que saber lidar com suas emoções para aprender sobre si próprio e o próximo, e consequentemente se tornar pessoas e profissionais equilibrados e melhores.

Essa questão amplamente debatida tem ganhado tanta importância, que desde 2020 passou a ser exigida de acordo com as novas diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). As escolas brasileiras terão que incluir habilidades socioemocionais na sala de aula, para que possam ser trabalhadas desde a infância. Mas afinal, você sabe o que é educação socioemocional, seus pilares e benefícios? Nosso bate-papo de hoje vai apresentar um pouco mais do que é este universo e como colocá-lo em prática de maneira efetiva.

Valorizar e incentivar o desenvolvimento das habilidades sociais e emocionais está no centro da educação socioemocional, já conversamos bastante por aqui da importância do desenvolvimento do pensamento crítico, da criatividade, empatia, inteligência emocional, resiliência, autoconhecimento, entre outras, as chamadas soft skills, muito requisitadas no mercado de trabalho atual.

Este olhar de implementar o ensino dessas habilidades nas escolas traz um trabalho necessário e antecipado no processo de aprendizagem, tornando alunos mais engajados e confiantes em seu potencial.

A ideia da educação socioemocional surgiu formalmente em 1994 nos Estados Unidos, quando um grupo de pesquisadores com objetivo de investigar o impacto da aprendizagem socioemocional na área da educação criou o CASEL, uma organização mundial responsável por promover o aprendizado acadêmico, social e emocional de forma integrada para todas as crianças desde a pré-escola até o ensino médio.

Desde então o conceito vem sido trabalhado e muitos estudos mostram a efetividade em sua implementação. Para que todos os benefícios sejam percebidos, é preciso estruturar a educação socioemocional em pilares, eles são divididos em quatro:

  • Emocional – aquele que tem relação com o autocontrole e autoconhecimento;
  • Comportamental – Ligado à persistência, perseverança e responsabilidade;
  • Cognitiva – aspectos ligados, por exemplo, à empatia;
  • Psicossocial – Foca na área de resolução de conflitos, comunicação assertiva e outros.

Vale ressaltar que por se tratar de um tema de extrema importância a educação socioemocional precisa ser trabalhada em todos os âmbitos dentro da escola, portanto, trabalhar com os alunos, mas também, promover treinamentos com professores e equipe da gestão para que estejam alinhados a este processo de ensino.

Além disso, não limitar a educação socioemocional como sendo algo trabalhado somente na escola, é preciso envolver família, e todos aqueles do convívio, pois só assim, por meio de uma rede forte de apoio o projeto trará resultados eficazes.

De acordo com a BNCC são dez as competências socioemocionais a serem implementadas na sala de aula, para conhecê-las uma a uma clique aqui, embora sejam dez as listadas, elas podem ser agrupadas em cinco competências gerais, são elas:

  1. Autoconhecimento – Aqui o aluno conhece a si próprio e entende seus desejos e vontades, o que acredita e também o que espera para o futuro. Pode ser trabalhado de diferentes formas em sala de aula, para os pequenos, atividades que envolvam o trabalho focado em emoções e sentimentos. Já com os adolescentes é possível além das emoções trabalhar também, por exemplo, o mapeamento de um objetivo de carreira.
  2. Autogerenciamento – Aprender a controlar os impulsos, gerir o estresse, disciplina e organização, busca de metas e objetivos. Essa competência ajudará muito no futuro profissional do aluno, mas em atividades pessoais também. Exercícios de relaxamento, criação de planos de ação e regras com consequências ao não cumprimento delas, são ótimas formas de trabalhar o autogerenciamento na educação socioemocional.
  3. Tomada de decisões responsável – Saber como fazer escolhas saudáveis, pautadas dentro da ética, regras sociais e com comportamentos construtivos, o ensino dessa competência desenvolve o aluno a como chegar a este caminho. Trabalhar jogos, debates com assuntos que necessitem a tomada de decisão de maneira responsável podem ser bastante dinâmico na construção desta habilidade.
  4. Habilidades de relacionamento – Sem dúvidas ponto essencial dentro da educação socioemocional, afinal a construção do relacionamento, de comunicação assertiva e trabalhar de forma colaborativa são muito importantes para educação socioemocional. Busque atividades em grupos, elas sempre constroem ideias em conjunto, possibilitando depois a apresentação do que foi discutido.
  5. Consciência social – Foca em trabalhar o individual para desenvolvimento do respeito, da diversidade, empatia, um olhar amplo sobre o mundo. Uma ideia é trabalhar essa habilidade de forma interdisciplinar, de forma que proponham reflexão dos alunos sobre sua consciência social.

Não existe caminho certo ou errado na implementação prática da educação sociemocional. É possível trabalhar a educação socioemocional como metodologia de ensino, por exemplo, isto é, incorporar o trabalho no desenvolvimento dessas competências e habilidades em todas as práticas dentro de sala de aula, para que o aluno tenha uma visão geral desta forma de ensino.

Para que isso aconteça é preciso mudar a postura de todos envolvidos no processo de aprendizagem, e colocar o aluno como ativo na educação. Ele precisa ser protagonista na aprendizagem, aliar a educação socioemocional com as metodologias ativas de ensino, assunto já abordado por aqui também.

E outra forma de trabalhar a educação socioemocional é usá-la como solução complementar ao ensino. Podem ser implementados programas com atividades específicas. Como a proposta do Líder em Mim (LEM), uma solução com o propósito de criar um contexto para aplicação das competências socioemocionais no ambiente da escola.

Seja de um jeito ou de outro, a implementação da educação socioemocional promove inúmeros benefícios, como os que já foram falados de criar um indivíduo mais preparado no equilíbrio das suas emoções, pronto para atender o mercado de trabalho e mais consciente da sociedade onde está inserido.

A educação socioemocional promove o acolhimento, evita ansiedade seja em qual idade for, ensina como é importante cuidar de si e do mundo. O conceito é uma abordagem de educação que só tende a somar, possibilitar ao aluno o desenvolvimento junto as competências técnicas as emocionais, valorizando- o como indivíduo e formando para o mundo.

Você sabe o que é microlearning?

Novas formas de encarar o processo de aprendizagem vem surgindo nos últimos tempos (e desde sempre), isso porque a consciência de que a educação deve se modernizar e adaptar as novas necessidades do mundo atual é crescente. Trazer o ensino para próximo do universo que estamos inseridos ajuda na absorção do conhecimento e na aplicabilidade do que se aprende.

A palavra microlearning vem do inglês, significa micro aprendizagem, e é uma forma de aprender por meio de pequenas doses de conhecimento em um curto espaço de tempo, o que vai ao encontro da agilidade em que vivemos. Se você quer saber mais sobre, te convido a vir comigo nas próximas linhas para entender este o conceito.

O microlearning não se propõe a deixar o conhecimento mais raso, tão pouco limitar o conteúdo aprendido, na verdade por meio desta forma de ensino, um conteúdo complexo pode ser transmitido em pequenas partes, esse é o ponto central da ideia.

Aulas e atividades são construídas para serem transmitidas em um tempo curto, com uma linguagem mais próxima de quem está aprendendo, facilitando a compreensão e tendo como apoio os diversos recursos multimídias que temos disponíveis.

Como o conceito trabalha com conteúdo rápido, ele muitas vezes é oferecido em um ambiente online, que facilita a dinâmica de interação com diferentes recursos, e também porque facilita o acesso ao conteúdo, não tendo que ter encontros presenciais, deslocamentos, para um período curto de ensino.

E se você está lendo esse texto e talvez desconfie da eficácia dessa metodologia, saiba que, segundo um estudo da Universidade de Dresden na Alemanha, a retenção do conteúdo por meio da forma de ensino microlearning é de até 22% a mais em comparação a outras metodologias tradicionais que conhecemos.

O dado apresentado na pesquisa é muito factível, afinal com a tecnologia se tornando tão essencial, temos tido um elemento que distrai a nossa atenção todo tempo, mas pode ser sim uma ferramenta poderosa para assimilação de conteúdo, se modelado de maneira correta. Por isso a metodologia microlearning é inovadora.

Por meio dela é possível entender e atender a necessidade de urgência que temos. Os conteúdos no microlearning em linhas gerais tem de dois a cinco minutos de duração, distribuídos como pílulas de conhecimento, que facilita e é facilmente adaptável a nossa rotina. Podemos consumir conteúdo de forma fragmentada e adaptar as constantes transformações.

Segundo o pesquisador Arnaud Leene, o conceito de microconteúdos são: “pedaços estruturados de conteúdo autocontido e indivisível, os quais têm foco único e endereço exclusivo para que possam ser (re) encontrados”. Caso queira ler o artigo do autor na íntegra, basta clicar aqui.

Agora que você já conhece mais o conceito, deve estar se perguntando se ele é aplicável a diferentes esferas, e a resposta é sim, esta forma de aprendizagem pode ganhar salas de aula, empresas e até mesmo na vida pessoal.

Dentro de uma sala de aula, por exemplo, é possível usar o microlearning como um caminho para reforçar conteúdos ensinados na escola. Ser uma ponte entre os assuntos que foram abordados no encontro presencial, ou ser usado como isca para despertar curiosidade dos alunos para temas mais específicos.

Já no cenário corporativo o microlearning tem se mostrado ainda mais eficaz, principalmente pelo seu formato, que se adequa a rotina dos colaboradores sem impactar negativamente no seu tempo livre e em outras tarefas diárias. É possível ter essas pílulas de conhecimento e se aperfeiçoar sobre conteúdo com consistência.

E na vida pessoal se você já fez algum tipo de compra pela internet, provavelmente já consumiu conteúdos educativos que seguem a dinâmica do microlearning. Isso aconteceu quando você viu, ouviu ou leu um conteúdo explicativo sobre determinado produto ou serviço e absorveu uma informação, aprendeu algo, de forma rápida antes mesmo de realmente consumir algo que buscava.

Veja então que, com microlearning é possível explorar inúmeras formas de conhecimento e conteúdo. Na prática, alguns exemplos de como você pode estruturar o microlearning são: por meio de vídeos, animações, podcasts, entrevistas com pessoas referência sobre o tema, infográficos e outras tantas formas se adaptam a esta tendência educacional.

Como estruturar o microlearning?

Alguns pilares devem ser levados em conta ao estruturar o microlearning, seja em qualquer esfera que se for trabalhar a educação, corporativa ou sala de aula. Vamos a eles:

1.    Tempo: Apresentações informativas sobre o tema, de 2 a 5 minutos como já foi falado;

2.    Linguagem: A linguagem deve ser próxima, simples e compreensível;

3.    Conteúdo: O tempo é curto, portanto, enfoque um objetivo principal a cada lição que for passar;

4.    Lições: Falando nelas, lições individuais, o conceito propõe desfragmentar um conteúdo em pequenas partes para melhor compreensão, nunca se esqueça.

Além disso, outros pontos são muito importantes para o sucesso do microlearning, entender o perfil dos alunos ou colaboradores, saber o que mais chama atenção, tudo ajuda na adaptação do conteúdo, na forma e linguagem que será passada. Outro ponto é que os recursos devem dinamizar o aprendizado, para ser proveitoso e fugir do tédio e obter engajamento dos alunos em primeiro lugar.

Este é o microlearning, conceito que propõe inovação na educação, por meio de assuntos focados, organizados, passados de maneira rápida e dinâmica, totalmente adaptado as necessidades da rotina atual. Você já consumiu algum tipo de microlearning, achou positivo? Compartilhe sua opinião nos comentários!

Entenda o que é a hiperautomação e porque ela promete ser uma grande transformação nos negócios

O salto tecnológico que vivemos da Primeira Revolução Industrial do século XVIII com advento das máquinas a vapor, aos dias de hoje com a Quarta Revolução Industrial e a robotização, internet das coisas e inteligência artificial é gigante.

A automação já trouxe inúmeras facilidades ao ambiente de trabalho e agora estamos vivendo um novo momento, que irá revolucionar ainda mais a forma com que lidamos com processos nos negócios.

Segundo relatório divulgado pela empresa Gartner, com as 12 tendências de tecnologia para 2022, a hiperautomação promete uma grande transformação digital para área. Hoje o texto irá abordar um pouco mais dessa nova realidade e quais impactos ela traz.

O conceito de hiperautomação vai além do que já conhecemos do mundo de automação, ela amplia a automação dos processos, desde cadeias produtivas até processos de marketing, por exemplo, usando Inteligência Artificial (IA), Machine Learning e Robotic Process Automation (RPA), ainda confuso? Vamos lá.

A hiperautomação permite automatizar praticamente qualquer tarefa que seja repetitiva, e possibilita descobrir processos que podem ser automatizados criando bots que os executem. Apesar de parecer que estamos falando de automação, a hiperautomação é diferente, pois ela elimina a intervenção humana nos processos.

Na automação é preciso a tomada de decisões de pessoas, um programador ou profissional da área de tecnologia cria e insere determinadas regras para um programa executar tarefas necessárias.

Já na hiperautomação, o programa em si identifica situações para eventuais ajustes, e suas premissas possibilitam o aumento da eficiência dos processos. Por isso, esta é uma transformação digital considerada tão revolucionária.

Outro fator bastante inovador é que a hiperautomação não usa somente uma única tecnologia de forma isolada, ela faz a integração de um conjunto delas, entre as mais relevantes são:

Robotic Process Automation
Significa a automação de processos robóticos, permite a configuração de um software para facilitar o uso de robôs e a realização de processos repetitivos em sistemas digitais.

Machine Learning
A tecnologia que usa dos algoritmos para que os computadores entendam e consigam realizar as tarefas complexas por eles mesmos, sem precisar de uma programação extra feita por humanos.

Inteligência Artificial
Essa é um pouco mais conhecida de todos, e tem como objetivo criar máquinas capazes de tomada de decisões e resolução de problemas simulando o pensamento lógico dos seres humanos.

Big Data
É um conjunto de tecnologias que possibilita o armazenamento, análise e gerenciamento de grandes quantidades de dados gerados a fim de identificar padrões e assim criar soluções.

Cobots
Os cobots são robôs que compartilham as tarefas com os humanos e auxiliam muito os processos produtivos.

Chatbots
Sistemas capazes de manter uma conversa em tempo real com seres humanos por texto ou voz.

5 vantagens da hiperautomação

Tendo em vista a integração de todas as tecnologias faladas acima os benefícios são muitos, mas cinco deles chama atenção para o ganho de uma empresa.

  1. A integração de diversas tecnologias que possibilitam a execução de forma mais rápida e eficiente reduzindo erros nos processos de um negócio.

  2. Satisfação dos colaboradores no ambiente e trabalho, uma vez que, seu tempo não será dedicado a tarefas que não agregam valor e podem se dedicadas a outras aumentando sua produtividade.

  3. Transforma digitalmente as empresas com processos alinhados tornando-as inovadoras e competitivas no mercado.

  4. Redução de custos operacionais, uma vez que as tecnologias de hiperautomação otimizam os processos e minimizam erros.

  5. Tomada de decisões mais assertivas. Com o uso da tecnologia big data e inteligência artificial é possível ter mais informações para direcionar as decisões e cometer menos erros.

E você pode estar pensando que talvez todos esses benefícios trazidos pela hiperautomação podem antecipar o fim do trabalho humano, isso é um receio que paira sobre muitos, se seremos 100% substituídos, mas segundo artigo publicado pela IBM a resposta é não.

Neste artigo fica claro que a hiperautomação é uma nova abordagem de trabalho, uma transformação digital como já falado aqui, e embora algumas profissões estejam sendo desaparecendo, ou perdendo sentido de sua existência, muitas outras surgirão.

Além disso, o ser humano possui características que automação dificilmente irão substituir como sentimentos, resolução de problemas complexos, percepção social, enquanto outras atividades como ler e-mails, extração de informações poder ser delegadas a hiperautomação tornando o processo mais eficiente. 

Nossos bate-papos por aqui deixam evidente que avanços tecnológicos transformam ambientes onde são implementados, e cabe a nós seres humanos, nos adaptar a eles e extrair o melhor possível para continuarmos ativos e competitivos no mercado de trabalho.

Se a hiperautomação veio para ficar, profissões que sequer ainda existem, mas ligadas a elas serão a tendência do futuro, então porque não investir em se capacitar e antecipar a formação das competências necessárias para essa área?

Compartilhe nos comentários sua opinião sobre essa nova tendência de transformação digital e como ela irá te afetar. Não deixei de ler: falta de mão de obra qualificada na área de tecnologia.

Falta de mão de obra qualificada na área de tecnologia: saiba como este problema pode ser uma oportunidade para alavancar sua carreira

Pauta constante seja nos textos que você lê por aqui, nos jornais, ou mesmo no bate-papo informal com os amigos, a tecnologia vem tomando conta de quase tudo que vivemos e as oportunidades para trabalhar nesta área estão em curva ascendente.

Na contramão do crescimento do setor da tecnologia outro dado que impacta: no Brasil já temos 13,9 milhões de brasileiros desempregados de acordo com IBGE, a taxa média já é a maior em nove anos. E enquanto isso, nunca houve tantas vagas sem serem preenchidas na área de TI.

A plataforma de empregos Indeed compilou dados que apontam que, as vagas mais complicadas de serem preenchidas no Brasil, dentro das oportunidades abertas, são na área de tecnologia, entre as 15 vagas mais difíceis de preencher, 11 são de TI. Os números não negam, a falta de mão de obra qualificada tem se mostrado uma pedra no sapato para muitas empresas e investidores, mas pode ser uma grande oportunidade para você se jogar nos estudos e ser o profissional capacitado que o setor tanto busca.

A área de tecnologia alerta para um possível apagão de profissionais que estejam aptos a atuar no setor e ocupar os postos abertos. E por isso é tão importante se capacitar para atuar com tecnologia. De acordo com relatório divulgado pela Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), a área de TI demandará até o ano de 2024 cerca de 420 mil profissionais.

Profissionais de TI englobam diversas carreiras como: desenvolvedores de software, engenheiro de redes, software e telecomunicações, cientistas de dados, segurança da informação, privacidade de dados, entre outros.

Ainda de acordo com dados divulgados no relatório da Brasscom, anualmente o Brasil capacita 46 mil pessoas com perfil para atuação em TI e a projeção da Associação é de que seria necessários cerca de 70 mil profissionais ao ano para que as vagas em aberto fossem ocupadas, uma diferença relativamente grande.

Esta transformação digital e consequentemente aumento da demanda por profissionais atuantes nesta área vem crescendo gradativamente já algum tempo, mas sem dúvidas o processo da pandemia fez com que as vagas neste setor fossem aceleradas e ganhassem mais espaço.

A demanda que tem tido dificuldade de fechar a conta é global. Com a pandemia, além das empresas que já se programavam para isso, outras tantas, precisaram se digitalizar, criarem novos produtos, investir em vendas online e outras frentes que demandam tecnologia, para se manterem competitivas no mercado e tudo isso fez surgir novas necessidades de profissionais de TI.

Só na grande São Paulo o aumento do déficit na busca por profissionais foi de 600% na plataforma de empregos Catho. Abaixo o gráfico que ilustra o salto na oferta de vagas entre 2019 e 2020.

Outro grande desafio na contratação de profissionais de tecnologia, é a constante mudança das linguagens de programação, em ritmo acelerado, e isso demanda de o profissional também estar em constante capacitação e adaptando ao que é tendência.

No ano passado, por exemplo, segundo o LinkedIn, os profissionais de tecnologia com mais destaque tinham que ter o domínio de Git, Unity, JavaScript, React.js, Scrum, para este ano e os próximos serão somadas provavelmente outras linguagens e novas surgirão.

Estes cargos não preenchidos significam para empresas um grande impasse, já que a escassez de mão de obra qualificada na área de tecnologia, acaba por causar uma paralisação ou desaceleramento no desenvolvimento das estratégias traçadas pelas empresas.

Consequentemente essa paralisia, também se dá pelo alto custo em ter profissionais qualificados em TI, como são poucos, seus passes são cada vez mais valorizados. E este é outro ponto de atenção para você que deseja investir nos estudos em TI, salários do setor são altos, bons profissionais são valorizados.

Segundo a consultoria em recursos humanos Revelo, salários de profissionais de tecnologia, dispararam cerca de 30% no ano de 2020.

A solução para falta de mão de obra qualificada na área de tecnologia

Algumas ações podem ajudar a reduzir esse gap de falta de mão de obra x vagas disponíveis na área de TI. Entre elas, o entendimento por parte das empresas do seu papel social e de treinar talentos que atuam nesta área. A questão de puxar a responsabilidade para si e resolver um problema, como já conversamos no texto anterior sobre universidade corporativa.

Além do papel das empresas, políticas públicas voltadas para educação em tecnologia ajudarão a diminuir esse desequilíbrio a curto prazo. A oferta de mais cursos para formação desses profissionais, a educação, como sempre é falado aqui, é o caminho para abrandar essa crise.

E você que está lendo esse texto ou saiba de alguém que queira começar ou mesmo mudar o rumo da sua carreira, investir de forma proativa nos estudos para atender a demanda e se tornar um bom profissional, abaixo segue algumas dicas de como fazer isso.

Como se preparar para ser um profissional de TI que empresas desejam

Assim como qualquer área é preciso esforço e dedicação para se tornar um bom profissional. Na tecnologia o conceito de constante capacitação nunca deve ser deixado de lado, e outros pontos serem observados para garantir um futuro promissor na área.

  • Escolha uma capacitação adequada

Avalie os cursos disponíveis, técnicos, tecnólogos e superior. Tendo o diploma em mãos você pode também aproveitar para eliminar matérias e se aperfeiçoar em outros cursos de TI. Pesquise sobre a área que deseja atuar e adeque a sua capacitação, as vezes, uma pessoa interessada em TI e que tenha muito conteúdo sobre programação por meio de linguagem de manuais técnicos consigam também uma vaga em TI, sem necessariamente um diploma de graduação, portanto, o importante é analisar o cenário e planejar de acordo com seu objetivo.

  • Esteja sempre atualizado sobre as tendências

Como foi falado anteriormente o universo da tecnologia está em constante movimento e você deve caminhar junto as essas mudanças, aprenda novas linguagens de programação, pesquise sobre o que há de novo, e busque aprender antes mesmo que essa seja uma realidade da empresa que você está ou na que almeja estar.

  • Invista na fluência do inglês

A língua é importante para o mercado como um todo, mas em TI mais ainda, pois diversos materiais de estudo e documentos estão em inglês, portanto, investir em melhorar fluência caso já tenha algum conhecimento ou começar, é essencial para um futuro nesta área.

  • Networking em dia

Participe de eventos do setor, conheça pessoas, esteja inteirado de tudo que acontece e conheça profissionais da área nesses eventos, isso irá garantir possíveis portas abertas para você.

Investindo nos seus estudos você como profissional que almeja atuar no setor, empresas e políticas públicas, todos agindo de forma proativa, será o caminho para minimizar este problema de falta de mão de obra qualificada na área de tecnologia e garantir um futuro promissor para o setor se manter em equilíbrio.