O Século do Ego: uma reflexão profunda sobre psicologia e poder

“O Século do Ego” é uma série documental de grande produzida por Adam Curtis em 2002. E lá se vão pelo menos 22 anos, mas a série continua atual como nunca. Nela, Curtis mergulha no trabalho de figuras icônicas como Sigmund Freud, Anna Freud e Edward Bernays, explorando como suas ideias moldaram a forma como empresas e governos enxergam, lidam e controlam as pessoas.

A série é dividida em quatro episódios, cada um explorando temas complexos e provocativos:

    1. “Máquinas de Felicidade”;
    2. “Engenharia do Consentimento”;
    3. “Há um Policial Dentro das Nossas Cabeças: Ele Precisa Ser Destruído”;
    4. “Oito Pessoas Bebendo Vinho”.

No centro de tudo está Sigmund Freud, o renomado fundador da psicanálise, cujas teorias transformaram nossa compreensão da mente humana. Curtis revela como as corporações e os governos usaram as ideias de Freud para criar campanhas publicitárias e estratégias de relações públicas.

Edward Bernays, sobrinho de Freud, é outro protagonista. Ele foi pioneiro no uso de técnicas psicológicas na área de relações públicas. Anna Freud, filha de Sigmund, também é mencionada na série, destacando seu papel como uma das críticas das teorias de seu pai e de Wilhelm Reich.

“O Século do Ego” vai além das análises superficiais e questiona as raízes do consumismo moderno, da democracia representativa e da mercantilização, levantando questões profundas sobre nossa percepção de nós mesmos e nossas atitudes em relação à superficialidade.

O documentário revela como o mundo dos negócios e da política usa técnicas psicológicas para manipular desejos e comportamentos, transformando consumidores em meros espectadores de seus próprios impulsos.

O diretor mostra ainda como a cultura de consumo é alimentada por uma constante criação de desejos, muitas vezes à custa das verdadeiras necessidades das pessoas.

“O Século do Ego” é muito mais do que uma série documental; é uma jornada fascinante pela interseção entre psicologia e poder, deixando-nos questionando a natureza de nossa própria realidade e influência.

Assista ao documentário