Assistir a um documentário pode ser uma experiência enriquecedora, especialmente quando se trata de temas que afetam nossa saúde mental. Recentemente, assisti ao documentário “O Método de Stutz” na Netflix, que explora a relação entre o terapeuta Phil Stutz e o ator Jonah Hill. No entanto, este documentário levanta algumas questões importantes sobre ética e privacidade na terapia.
Em “O Método de Stutz” vemos Phil Stutz compartilhando sua jornada terapêutica com Jonah Hill de forma muito aberta. Isso nos leva a questionar: é profissional para um terapeuta expor sua relação com um paciente na mídia global? É apropriado para terapeutas tomarem posições nas vidas de seus pacientes, em vez de serem um espelho neutro que pergunta apenas “E como isso faz você se sentir?” E qual foi a motivação de Jonah Hill para fazer o filme? Essas são questões válidas e importantes que merecem discussão.
A crise de saúde mental e a importância de ferramentas acessíveis
No entanto, também não podemos ignorar a crise de saúde mental que está acontecendo em todo o mundo. A Organização Mundial da Saúde observou um aumento de 25% na prevalência global de ansiedade e depressão desde 2020. É evidente que precisamos compartilhar mais ferramentas para ajudar as pessoas a lidar com esses problemas.
Assistir a um documentário não substitui a terapia profissional, mas assim como um programa de culinária pode ensinar uma maneira mais segura de cortar uma cebola, um documentário como “O Método de Stutz” pode oferecer algumas dicas para superar o diálogo negativo que muitas vezes ocorre em nossas mentes ao longo do dia.
Uma das melhores consequências dessa crise é que a saúde mental se tornou uma preocupação tão importante quanto evitar acidentes na cozinha. Portanto, faz sentido desenvolver e disseminar “curativos”, ferramentas e técnicas mais seguras para evitar lesões na saúde mental, da mesma forma que fazemos na culinária.
Ferramentas acessíveis de Stutz
Aqui está um breve resumo de algumas das ferramentas acessíveis e, portanto, mais poderosas, apresentadas em Stutz:
Gratidão interrupta: comecemos pelo terreno sagrado da gratidão. Stutz recomenda pensar em algumas coisas, pessoas ou circunstâncias específicas em sua vida pelas quais você é grato. Mas, antes de adicionar algo mais à sua lista, pare. Não associe o sentimento de gratidão a algo específico. Apenas aproveite o calor da gratidão.
Força vital: construindo sobre a já conhecida metáfora da máscara de oxigênio, a ferramenta de Stutz acrescenta valor. O primeiro passo com Jonah Hill foi, supostamente, trabalhar na fortificação de sua força vital como forma de se recuperar da perda súbita de seu irmão, do trauma do bullying na infância e de outras lesões de saúde mental. Esta força vital é representada por uma pirâmide, que inicialmente se assemelha à hierarquia das necessidades de Maslow, mas é simples e concreta.
Parte X é um conceito mais complexo que vale a pena explorar no documentário. Essencialmente, Stutz define a Parte X como “uma força invisível que impede você de mudar”. É reconfortante saber que todos têm uma Parte X, certo? O objetivo não é, é claro, culpar a Parte X, mas sim reconhecê-la, rotulá-la e até mesmo conversar com ela como uma forma de diminuir seu poder. E, assim, seguir em frente e fazer as mudanças desejadas.
Trailer: O Método de Stutz
Se você gosta da ideia de ter algumas ferramentas, imagens e conceitos para ajudar a melhorar seu pensamento, sentimentos e, por fim, seu desempenho, tanto no trabalho quanto na vida pessoal, sugiro assistir ao filme, ler o livro e também explorar o site de Stutz.
E se você se sentir confortável, conte o que achou aqui. 😉
Um comentário em “O Método de Stutz: ferramentas práticas para pensar e sentir melhor”