Novas formas de encarar o processo de aprendizagem vem surgindo nos últimos tempos (e desde sempre), isso porque a consciência de que a educação deve se modernizar e adaptar as novas necessidades do mundo atual é crescente. Trazer o ensino para próximo do universo que estamos inseridos ajuda na absorção do conhecimento e na aplicabilidade do que se aprende.
A palavra microlearning vem do inglês, significa micro aprendizagem, e é uma forma de aprender por meio de pequenas doses de conhecimento em um curto espaço de tempo, o que vai ao encontro da agilidade em que vivemos. Se você quer saber mais sobre, te convido a vir comigo nas próximas linhas para entender este o conceito.
O microlearning não se propõe a deixar o conhecimento mais raso, tão pouco limitar o conteúdo aprendido, na verdade por meio desta forma de ensino, um conteúdo complexo pode ser transmitido em pequenas partes, esse é o ponto central da ideia.
Aulas e atividades são construídas para serem transmitidas em um tempo curto, com uma linguagem mais próxima de quem está aprendendo, facilitando a compreensão e tendo como apoio os diversos recursos multimídias que temos disponíveis.
Como o conceito trabalha com conteúdo rápido, ele muitas vezes é oferecido em um ambiente online, que facilita a dinâmica de interação com diferentes recursos, e também porque facilita o acesso ao conteúdo, não tendo que ter encontros presenciais, deslocamentos, para um período curto de ensino.
E se você está lendo esse texto e talvez desconfie da eficácia dessa metodologia, saiba que, segundo um estudo da Universidade de Dresden na Alemanha, a retenção do conteúdo por meio da forma de ensino microlearning é de até 22% a mais em comparação a outras metodologias tradicionais que conhecemos.
O dado apresentado na pesquisa é muito factível, afinal com a tecnologia se tornando tão essencial, temos tido um elemento que distrai a nossa atenção todo tempo, mas pode ser sim uma ferramenta poderosa para assimilação de conteúdo, se modelado de maneira correta. Por isso a metodologia microlearning é inovadora.
Por meio dela é possível entender e atender a necessidade de urgência que temos. Os conteúdos no microlearning em linhas gerais tem de dois a cinco minutos de duração, distribuídos como pílulas de conhecimento, que facilita e é facilmente adaptável a nossa rotina. Podemos consumir conteúdo de forma fragmentada e adaptar as constantes transformações.
Segundo o pesquisador Arnaud Leene, o conceito de microconteúdos são: “pedaços estruturados de conteúdo autocontido e indivisível, os quais têm foco único e endereço exclusivo para que possam ser (re) encontrados”. Caso queira ler o artigo do autor na íntegra, basta clicar aqui.
Agora que você já conhece mais o conceito, deve estar se perguntando se ele é aplicável a diferentes esferas, e a resposta é sim, esta forma de aprendizagem pode ganhar salas de aula, empresas e até mesmo na vida pessoal.
Dentro de uma sala de aula, por exemplo, é possível usar o microlearning como um caminho para reforçar conteúdos ensinados na escola. Ser uma ponte entre os assuntos que foram abordados no encontro presencial, ou ser usado como isca para despertar curiosidade dos alunos para temas mais específicos.
Já no cenário corporativo o microlearning tem se mostrado ainda mais eficaz, principalmente pelo seu formato, que se adequa a rotina dos colaboradores sem impactar negativamente no seu tempo livre e em outras tarefas diárias. É possível ter essas pílulas de conhecimento e se aperfeiçoar sobre conteúdo com consistência.
E na vida pessoal se você já fez algum tipo de compra pela internet, provavelmente já consumiu conteúdos educativos que seguem a dinâmica do microlearning. Isso aconteceu quando você viu, ouviu ou leu um conteúdo explicativo sobre determinado produto ou serviço e absorveu uma informação, aprendeu algo, de forma rápida antes mesmo de realmente consumir algo que buscava.
Veja então que, com microlearning é possível explorar inúmeras formas de conhecimento e conteúdo. Na prática, alguns exemplos de como você pode estruturar o microlearning são: por meio de vídeos, animações, podcasts, entrevistas com pessoas referência sobre o tema, infográficos e outras tantas formas se adaptam a esta tendência educacional.
Como estruturar o microlearning?
Alguns pilares devem ser levados em conta ao estruturar o microlearning, seja em qualquer esfera que se for trabalhar a educação, corporativa ou sala de aula. Vamos a eles:
1. Tempo: Apresentações informativas sobre o tema, de 2 a 5 minutos como já foi falado;
2. Linguagem: A linguagem deve ser próxima, simples e compreensível;
3. Conteúdo: O tempo é curto, portanto, enfoque um objetivo principal a cada lição que for passar;
4. Lições: Falando nelas, lições individuais, o conceito propõe desfragmentar um conteúdo em pequenas partes para melhor compreensão, nunca se esqueça.
Além disso, outros pontos são muito importantes para o sucesso do microlearning, entender o perfil dos alunos ou colaboradores, saber o que mais chama atenção, tudo ajuda na adaptação do conteúdo, na forma e linguagem que será passada. Outro ponto é que os recursos devem dinamizar o aprendizado, para ser proveitoso e fugir do tédio e obter engajamento dos alunos em primeiro lugar.
Este é o microlearning, conceito que propõe inovação na educação, por meio de assuntos focados, organizados, passados de maneira rápida e dinâmica, totalmente adaptado as necessidades da rotina atual. Você já consumiu algum tipo de microlearning, achou positivo? Compartilhe sua opinião nos comentários!