A inteligência artificial nunca irá substituir o professor

A inteligência artificial está na crista da onda, não? A tecnologia, de uma forma ou de outra, permeia todos os tecidos da sociedade. Hoje é possível reservar um hotel, chamar um motorista (ou até um taxi), conversar com pessoas de qualquer parte do mundo da palma de sua mão além de inúmeras atividades (confesso que eu não conseguiria listar tudo). Os smartphones comportam aplicativos de todas as naturezas possíveis e imagináveis. Se existe uma necessidade humana, alguém provavelmente já pensou e desenvolveu um aplicativo para tal finalidade.

E a área da educação vem se beneficiando cada vez mais destas ferramentas digitais, assim como as demais necessidades humanas contempladas pelas aplicações digitais. Existem aplicativos para se aprender quase tudo. Podemos fazer uma lista breve aqui.

Se o assunto é o ensino e aprendizagem de Línguas, o Duolingo é o grande expoente, contudo existem diversos outros como Voxy e Hello English. Quando o assunto é tecnologia e aprendizagem de programação de computadores, inovação e novas tecnologias temos o CodeAcademyCode.org e até a Khan Academy.

Estes são apenas alguns exemplos. Basta você determinar uma área e procurar na sua loja de aplicativos favorita (ou na internet) e com certeza encontrará algo. Pode não ser no seu idioma nativo, mas algo será encontrado. Convido você a completar a lista de aplicativos educacionais nos comentários deste texto.

Os professores, de forma geral, à medida que vão conhecendo as soluções tecnológicas, gradativamente as adotam em suas aulas. Não de forma acelerada e rápida, mas o uso é inevitável. Mas é preciso planejar seu uso para incorporar a tecnologia em sua prática didática.

Quando o assunto é educação e tecnologia, ele não se limita à aplicativos ou plataformas educacionais. Em breve vamos juntar a educação formal com a inteligência artificial. E isso não vai demorar muito. Parece assustador, mas não é.

Educação e a Inteligência Artificial

Recentemente li uma notícia que me deixou preocupado pelo alarmismo. O título era: robôs poderão substituir professores em breve. Segundo a matéria, um pesquisador da Universidade de Buckingham defende que máquinas de inteligências artificial estarão prontas para dar aulas em 10 anos. Professores que leram a matéria entraram em alerta máximo. Minha profissão irá acabar?

Sabe um dos muitos motivos pelo qual isso nunca irá acontecer? Empatia. Por mais avançada que seja a tecnologia, será possível ensinar uma máquina a ter empatia? Creio que não. A inteligência artificial trabalha com reconhecimento de padrão e processamento de padrões e não de emoções.

Por mais avançada que seja a tecnologia, será possível ensinar uma máquina a ter empatia?

A empatia busca compreender os sentimentos e emoções, procurando experimentar de forma objetiva e racional o que sente o outro indivíduo. Basta pensar no seguinte: como uma máquina responderia à seguinte pergunta: ̶ o que você sente quando se lembra do cheiro do cabelo da sua mãe? Uma boa resposta da máquina poderia ser: ̶ fritas para acompanhar?

Professores precisam estabelecer relações humanas no processo ensino-aprendizagem e entender que cada aluno, dentro de suas particularidades e especificidades, aprende de formas diferentes. Como disse o grande educador Paulo Freire, não existe ensino sem aprendizagem. É um processo de diálogo constante onde o professor precisa entender o educando em toda a sua complexidade existencial.

O imenso avanço da tecnologia em todos os setores da sociedade não deixaria a área de educação de fora. Mas a figura humana e sobretudo a do professor sempre será necessária em uma sala de aula. Mesmo que esta sala de aulas esteja em constante transformação. As atribuições do docente poderão se alterar no decorrer dos próximos anos e não se poderá ignorar a inteligência artificial.

Já existem muitos casos de uso da inteligência artificial em sala de aula. São aplicações que podem auxiliar o professor em sua rotina. Cabe ao professor despertar seu interesse e curiosidade para fazer bom uso, se mantendo atento para a contextualização, pensamento crítico e julgamento ético. Estes atributos são muito valorizados no “era das máquinas inteligentes“.

E como sobreviver neste futuro incerto? Estudando e preservando nossas relação humanas.

—–

David de Oliveira Lemes (@dolemes) é professor do Departamento de Computação da PUC-SP. Consultor na área de educação e tecnologia. Leciona na FIAP, FECAP e Faculdade Impacta. Também edita o GameReporter. Gostaria de consultoria, palestra para sua empresa, evento ou instituição de ensino? Entre em contato.

O que se aprende jogando videogame?

Há poucos dias um aluno fez um breve comentário que me fez pensar muito. Estava eu supervisionando a aplicação de uma prova de História para um colega professor, quando, ao entregar a prova, o aluno em questão disse o seguinte: – “Só consegui responder as questões 7 e 8 pois joguei muito Assassin´s Creed”. Pela dinâmica da sala de aula e da aplicação da prova, não tive como perguntar os motivos daquela afirmação, mas aquilo ficou martelando na minha cabeça. Para quem não conhece o jogo, a premissa central de Assassin´s Creed envolve a rivalidade entre duas sociedades secretas: os Assassinos que desejam a paz através do livre arbítrio e os Templários, que têm o mesmo objetivo mas através da ordem. Vamos deixar este assunto para outro artigo…

Isso me fez pensar no seguinte: o que aprendemos jogando videogame? Existem diversas pesquisas acadêmicas sobre o assunto além de muitos livros. Mas eu queria saber na prática, das pessoas com quem mantenho contato, a resposta para esta pergunta.

Resolvi então perguntar nas redes sociais tendo em vista que 90% dos meus alunos e ex-alunos são dos cursos de Jogos Digitais além de manter contato com muitos profissionais da área de tecnologia e games e esperar os comentários livres e sinceros. E sabe o que descobri? O óbvio ululante, claro. Muita gente aprendeu e continua aprendendo com os videogames.

Aprender inglês domina o cenário…

Aprender inglês com games é quase unanimidade entre as pessoas que responderam a indagação e muitas pessoas relataram isso. Caleb Rossetti compartilha sua experiência assim: “aprendi inglês com videogames. Todas as expressões, gírias e grande parte do meu vocabulário e gramática vieram através de jogos de videogame e computador. É claro que a interação com outros jogadores também foi crucial para as gírias. O próximo passo seria aprender japonês com jogos, mas ainda não saiu”.

“Eu seria uma pessoa totalmente diferente, com certeza pra pior, se não tivesse ganho um Sega Genesis na infância”

Já Pedro Miranda também dá um depoimento sobre ter aprendido inglês com games e vai além: “aprendi inglês, em todos os aspectos. Aprendi a me entregar para uma experiência emocional e me sentir realizado durante o processo. Aprendi que pouco muitas vezes é melhor do que muito. Aprendi que é a mídia mais forte e conectiva com o ser humano de mente aberta uma vez que seja executada de maneira coerente com sua proposta. É seguro dizer que eu seria uma pessoa totalmente diferente, com certeza pra pior, se não tivesse ganho um Sega Genesis na infância”.

Para o pesquisador e professor Francisco Tupy os games influenciam a compreensão de mundo das pessoas, de modo que, se vistos como ciência, eles ampliam as relações com o conhecimento, permitindo uma nova maneira de aprendizagem e transformando, assim, a qualidade do ensino.

É interessante ver que, os mais diversos jogos ajudaram as pessoas a aprender inglês. Patricia Salomone conta que aprendeu inglês “muito por conta de Mário, Pokémon e Resident Evil, que são as franquias que mais joguei ao longo da minha infância e juventude, mas especialmente por conta de Pokémon. Foi um jogo que eu literalmente cresci jogando. Sempre me despertou muita curiosidade e consequentemente eu ia atrás de tentar entender o que tava acontecendo e também colava em prática o que havia aprendido”. Vale lembrar que em mais de 20 anos de Pokémon, muita coisa já foi dita, de convulsões em meados da década de 90 até moleque tentou vender a sua irmãzinha por um card raro de Pokémon. Estas histórias estão aqui.

Outros aprendizados

O game designer e artista 2D Raul Tabajara relata, sinceramente, desta forma: “sou um dos poucos que não aprendeu inglês porque eu via como uma barreira e não uma oportunidade e fugia de jogos de RPG. O meu primeiro Point and Click que joguei sem meu irmão do lado foi o Full Throttle em português… depois de anos. Eu tinha um MSX em 1980 e havia um software chamado Graphos III. Era um programa pra desenhar. Eu adorava passar horas desenhando naquele programa (e depois perdia tudo quando desligava o micro). Então, uma coisa que aprendi com videogames (o MSX pra mim era um videogame), foi arte digital. Se eu sei muito de pixel-art hoje, foi porque fiz muito no MSX. Contudo, eu não sei se o videogame tem que ensinar alguma coisa. Esporte não ensina nada, e no entanto tem sempre um dizendo que o esporte tirou a pessoa das drogas, fez dela uma pessoa mais completa. As vezes acho que diversão saudável pode ser muito mais que um aprendizado acadêmico”.

“Meu interesse por programação foi 100% motivado pelo desejo de fazer games eu mesmo”

Para o desenvolvedor e professor Everson Siqueira, o processo de aprendizagem sempre foi muito rico e conta que “jogando no meu Apple II, aprendi que seu eu tivesse paciência e usasse o dicionário inglês-português, ia me divertir muito. Isso se aplica também à época dos VHS predominantemente em som original, legendado. A localização de filmes e games veio trazendo mais inclusão – mas também trouxe a ilusão de que não é necessário (ou não vale a pena) aprender outro idioma (“logo logo lançam em português!”). E, definitivamente, meu interesse por programação foi 100% motivado pelo desejo de fazer games eu mesmo”.

E para fechar, Fabio da Silva Ferreira apresenta um outro olhar sobre o aprendizado com games, revelando que “o game StarCraft e sua curva de aprendizagem intensa, me ajuda muito no meu trabalho como analista de processos: tomada de decisões, administração de recursos, alta complexidade na movimentação de unidades, praticar diariamente para não perder a sequência de evolução… o jogo te puni drasticamente se você não interpreta as janelas de ataque. Enfim, Jogos de Estratégia em Tempo Real (RTS) deveriam ser disciplina obrigatória em escolas de negócio e análise de riscos”.

Depois que lancei a pergunta nas redes sociais, recebi muitas respostas e nem todas consegui inserir no texto. Espero ter a oportunidade de citar todos em outra oportunidade. Agradeço desde já a imensa colaboração.

E como podemos ver, os jogos ajudaram a definir o caminho profissional de muita gente e contribuem para sua formação até hoje. Este é um dos grandes poderes transformadores dos games.

E a pergunta continua aqui: o que você já aprendeu com games?

David de Oliveira Lemes (@dolemes) é professor do Departamento de Computação da PUC-SP. Consultor na área de educação e tecnologia. Leciona na FIAP, FECAP e Faculdade Impacta. Também edita o GameReporter. Gostaria de consultoria, palestra para sua empresa, evento ou instituição de ensino? Entre em contato.

Seu smartphone irá morrer! E você irá agradecer por isso…

Smartphone, uma tecnologia morta? Se você um dia foi usuário do Windows Phone, sabe que ele já morreu há tempos, contudo, foi somente no mês passado (outubro de 2017) que executivos da Microsoft se manifestaram sobre o assunto. Mas calma, este texto não é sobre o Windows Phone e você pode continuar lendo… ; )

Alex Kipman, principal criador das tecnologias Kinect e Hololens da Microsoft, afirmou em uma entrevista à Bloomberg que “o smartphone já está morto. As pessoas só ainda não perceberam.”

Com base na afirmação de Kipman, vamos desenhar um cenário no futuro: o ano é 2030 e você acorda para trabalhar. Ao invés de procurar seu smartphone, você lavará o rosto e colocará uma lente de contato. Pronto, você acabou de acoplar o que hoje é o seu smartphone à sua retina. Você leu certo, retina!

Parece cena de ficção científica, não? Mas em breve não será… e já existe tecnologia para isso. Estou falando da VRD (Virtual Retina Display), uma tecnologia que poderá mudar a maneira como interagimos com conteúdos e informações no futuro. Esta tecnologia tem como objetivo exibir informações, como seu fosse um monitor translúcido, diretamente na retina do usuário.

A VRD foi inventada em 1986 por Kazuo Yoshinaka, contudo a Universidade de Washington por meio do The Human Interface Technology Lab, projetou um sistema similar em 1991. Veja que estamos falando de algo já faz parte da pesquisa científica há mais de 30 anos.

Fazendo um paralelo para fins didáticos, a tecnologia VRD funciona de maneira similar às tecnologias de Realidade Virtual (RV). Contudo, a RV usa a projeção em um pequeno monitor (presentes em óculos específicos e ou em smarthphones) diferentemente da tecnologia VRD.

Neste comparativo a tecnologia VRD possui vantagem por ser menor e acoplado diretamente na retina do usuário. Para deixar ainda mais didático, seria a evolução do finado Google Glass (que por sinal voltará com nova roupagem).

“O smartphone já está morto. As pessoas só ainda não perceberam.”

A interação com o VRD se dará por dispositivos externos acoplados em relógios inteligentes ou anéis com sensores que se conectarão diretamente ao display acoplado à retina. Seria algo como o visor do O Exterminador do Futuro, mas com as características atuais.


Agora, imagine as potencialidades desta tecnologia:
 reconhecimento de objetos e trajetos diversos, reconhecimento facial do seu interlocutor e acesso a dados públicos da pessoa, controle dos níveis de açúcar e colesterol e informações em tempo real para o usuário, acesso a todos os aplicativos disponíveis para a tecnologia, acesso à mensagens instantâneas, e-mails, perfis em redes sociais, geolocalização e muito mais.

Mas isso será apenas o começo: como a córnea está ligada diretamente ao cérebro pelo nervo óptico, imagine o que esta tecnologia poderá fazer acessando informações diretamente do nosso cérebro?

Agora pense e comente se quiser: em 2030, onde estaremos?

David de Oliveira Lemes (@dolemes) é professor do Departamento de Computação da PUC-SP. Consultor na área de educação e tecnologia. Editor do GameReporter.  Também leciona na FIAP, FECAP e Faculdade Impacta. Gostaria de consultoria, palestra para sua empresa, evento ou instituição de ensino? Entre em contato.

Novos cursos formam profissionais versáteis

O mercado atual exige profissionais polivalentes, com competências em diversas áreas de conhecimento. Mesmo em cursos que aparentemente são da área de exatas, como Jogos Digitais, os graduandos precisam aprender sobre desenho, roteiro e animação, lembra o professor David de Oliveira Lemes, do Departamento de Computação da Pontifícia Universidade de São Paulo (PUC-SP).

Para quem consegue se encaixar nesse perfil, há muitas oportunidades. “As empresas nacionais de jogos estão começando a se consolidar. O espaço existe, mas para entrar no mercado é preciso ter um portfólio que o destaque”, explica David.

A graduação na área de jogos não é exatamente novidade na PUC-SP: o curso está completando dez anos. Mas a universidade está sempre se atualizando segundo as novas demandas. “Em 2018 começaremos a oferecer o curso de Design, que é na verdade Design de Interação, para capacitar os alunos a desenvolver projetos nas tecnologias digitais emergentes. “É uma proposta única, com a metodologia toda voltada para projetos”, afirma Lemes. Leia a matéria completa no Estadão.

As regras do jogo e os desafios da vida

Conhece as regras do jogo? Já parou para pensar como seria um jogo sem regras? Um jogo de videogame ou tabuleiro simplesmente sem nenhuma regra! Será que isso é possível? É sensato responder que não. Sem regras o jogo se transformaria em uma brincadeira ou simplesmente em uma bagunça (ou algo muito chato).

Se partirmos do pressuposto que o jogo é uma experiência interativa, podemos afirmar que as regras geram então a experiência de jogo. São justamente as regras que diferenciam os jogos de outros tipos de brincadeira. Podemos até dizer que os jogos são brincadeiras organizadas baseadas em regras, que tem autoridade dentro do contexto de jogo.

Mas qual a função das regras dentro dos jogos? Impor limites. As regras forçam caminhos específicos e determinados que seguem em busca de objetivos diversos e garantem que todos os jogadores tomem os mesmos caminhos pré-definidos. Elas nos colocam dentro do universo jogo apresentando os limites e mostrando o que está dentro e o que está fora destes limites.

Jogos são sistemas artificiais separados da vida real (apesar de muitas pessoas acharem que é a mesma coisa). E a autoridade das regras existe apenas dentro do contexto limitado do jogo, mesmo para os MMORPGs. E jogar um game significa submeter e aceitar as regras deste jogo livremente. Esta também é um condição de jogo: uma atividade livre e voluntária. Ou alguém por aqui já foi obrigado a jogar PS4 a noite inteira?

Regras do jogo e desafios

Os desafios são parte inerente dos jogos digitais não podendo existir jogo sem desafios. O jogo sem desafios seria uma simples brincadeira, assim como o jogo sem regras. Até a famosa brincadeira da Amarelinha tem lá seus desafios.

Em nosso dia a dia (do mundo real, ok?) somos o tempo todo levados a enfrentar os mais diversos desafios: o desafio do trânsito diário, o desafio de pagar as contas, o desafio de continuar os estudos… São obstáculos normais para a maioria das pessoas e porque não dizer, desafios diários. Seria algo como: acordei e apertei o botão start da vida.

Os games também funcionam da mesma forma. Ao começar uma partida qualquer, o jogador sempre irá se deparar com obstáculos, desafios e o conjunto de regras do game. E estes desafios são os mais variados e diferentes possíveis. E diversos destes desafios só serão vencidos com muito treino, habilidades já desenvolvidas ao longo dos anos e em muitas ocasiões você terá que perseverar, mudar estratégias e talvez até contar com a sorte.

Tudo isso, apesar de estar relacionado ao universo dos games, pode tranquilamente fazer parte da vida de todos nós, afinal, todos os dias somos apresentados a novos desafios e obstáculos. E para superar tudo isso, é preciso se adaptar-se sem quebrar nenhuma das regras mundo real.

“É chato chegar, a um objetivo num instante, eu prefiro ser, está metamorfose ambulante”. Raul Seixas.

A adaptação é a melhor forma de vencer os desafios. Adaptar-se ao ambiente onde os desafios são propostos, superar os obstáculos que aparecem no decorrer do percurso e sobretudo, seguir as regras presentes no ambiente sem nunca deixar quebrá-las ou burlá-las (sem falar nas leis, claro).

Imagine um jogo sem desafios e regras. Agora, imagine sua vida sem desafios e regras. Seria o mesmo que uma vida sem objetivos. Melhor nem imaginar.

Adapte-se, sigas as regras (conheça todas com antecedência) e vença todos os obstáculos e desafios. Seja nos games ou na vida real.

David de Oliveira Lemes (@dolemes) é professor do Departamento de Computação da PUC-SP. Consultor na área de educação e tecnologia. Editor do GameReporter e também leciona na FIAP, FECAP e Faculdade Impacta. Gostaria de uma palestra ou consultoria para sua empresa, evento ou instituição de ensino? Entre em contato.